A capacidade inovativa não é um assunto recente, mas ainda não possui consenso entre os pesquisadores na sua definição. Alguns estudos, como os de Rush, Bessant e Hobday (2007) e Cetindamar et al. (2009), propuseram modelos de avaliação da capacidade inovativa como resultado do processo de aprendizagem tecnológica. Nesta abordagem, ter capacidade inovativa significa adquirir informações, transformá-las em novos conhecimentos, promover a mudança tecnológica e obter novos produtos. Seguindo esta abordagem, o objetivo deste trabalho foi o de estabelecer um modelo que pudesse analisar a capacidade inovativa através da capacidade absortiva e da capacidade tecnológica mediante a inclusão de uma variável de validação econômica, o desempenho inovativo das empresas. Isto foi realizado através de um levantamento [survey] em 491 empresas da indústria cosmética brasileira. Em 202, como resultado se obteve uma grande quantidade de empresas que lançam produtos cosméticos em função do conhecimento contido na sua própria cadeia produtiva. Desta forma, clientes e fornecedores possuem um papel importante no desenvolvimento de produtos deste setor e as mudanças tecnológicas acabam centradas em melhorias, o que confere menor grau de novidade aos produtos. A partir da análise de cluster proposta neste trabalho foi possível identificar um cluster com maior desempenho inovativo e que apresenta diferenças nas suas práticas com relação ao grande grupo de empresas.
Autor: Barbieux, Denise
Orientador: Zawislak, Paulo Antonio
Nível: Mestrado
Trabalho completo: http://hdl.handle.net/10183/31772