A microeletrônica possui papel fundamental na vida moderna, pois possibilitou, nas últimas décadas, o crescimento vertiginoso da capacidade de processamento, armazenamento e miniaturização dos chips que estão embarcados em diversos produtos dos mais variados setores permitindo o aumento de funcionalidades, logo maior valor agregado. Vale ressaltar que para cada tipo chip para determinada aplicação, o nível de complexidade tecnológica envolvido nos processos de desenvolvimento e fabricação é diferente, o que se reflete na complexidade das etapas de cadeia de semicondutores. Dada a importância da microeletrônica na era digital, o Brasil vem articulando uma série de ações e incentivos para o desenvolvimento da indústria local de semicondutores visando aumentar a capacidade produtiva e as capacidades de inovação das empresas para competirem no mercado global. Desse modo, o trabalho buscou identificar e analisar as capacidades de inovação de empresas do segmento microeletrônico brasileiro, para entender e retratar o potencial deste segmento no cenário global. A pesquisa foi dividida em duas etapas; a primeira, descritiva, que consistiu na análise documental de dados secundários e a segunda etapa de caráter exploratório foi realizada por meio de entrevistas com 4 empresas localizadas no estado do Rio Grande do Sul, que representam cada etapa da cadeia de valor. Os resultados indicam que devido ao gap tecnológico, pela baixa capacidade de investimento e pela pequena capacidade produtiva, o Brasil ainda engatinha em um segmento bastante complexo e extremamente dinâmico. No entanto, a internalização da indústria de semicondutores pode-se alavancar oportunidades em nichos de mercados pouco explorados no mercado interno e que permitem a materialização de soluções com alto valor agregado que se utilizem destes chips, como, por exemplo, a “internet das coisas”.
Autor: Camboim, Guilherme Freitas
Orientador: Zawislak, Paulo Antonio
Nível: Graduação
Trabalho completo: http://hdl.handle.net/10183/140287