A mudança é uma certeza. O mercado muda suas expectativas, o ambiente muda suas condições… E as empresas? As empresas precisam acompanhar, ou mesmo antecipar, esse movimento, caso contrário, estão fadadas ao esquecimento. Em outras palavras, é preciso inovar para sobreviver!
Inovação não é apenas lançar algum produto de alta tecnologia ou implantar um sistema de tecnologia de informação e comunicação na empresa. Lançar um novo produto é, sim, inovação, mas ele não precisa, necessariamente, ser de alta tecnologia. Inovação se refere a novos produtos, novos processos, novas formas de gestão e de organização e novas formas de comercialização, incluindo o desenvolvimento de novos mercados. No entanto, apenas inventar novos produtos, desenvolver novos processos, etc., não significa inovação, pois essa novidade desenvolvida deve ser aceita pelo mercado e gerar retornos positivos para a empresa. Inovação é resultado. Ou seja, as empresas precisam de capacidades internas de desenvolvimento, de operação, de gestão e de comercialização para acompanhar o dinamismo do mercado.
Se inovação é resultado, é output, e se as capacidades internas de inovação das empresas são as facilitadoras da geração de inovação, então o que é input nesse processo?
Vejamos. Se a inteligência estratégica se refere à detecção sistemática de sinais de ameaças ou oportunidades no ambiente e permite obter elementos informacionais provenientes do ambiente externo para apoiar o processo decisório de uma empresa, então ela pode ser a resposta. A formulação de uma estratégia ótima de inovação é função de um processo de inteligência efetivo.
Para sobreviver em um mercado competitivo, uma empresa precisa de suas capacidades de inovação e processos de inteligência estratégica, esses dois fatores atrelados possibilitam um impulso para as capacidades de cada empresa. Pensar estrategicamente possibilita a elaboração de planos de ações que tragam valores e resultados efetivos para as empresas gerando inovação.
EnANPAD 2019
O track Inteligência Estratégica para Inovação do EnANPAD 2019 objetiva promover, dentre outras, esse tipo de discussão. A intenção é que pesquisadores possam desenvolver e apresentar suas pesquisas que relacionem o desenvolvimento de estratégias de inovação às possibilidades de diagnóstico precoce de mudanças do ambiente, percebidas através de processos de inteligência instalados.
Alguns tópicos que serão discutidos incluem: • Inteligência Estratégica Antecipativa • Inteligência e Desempenho Inovativo • Strategic Foresight, Corporate Foresight • Impacto/Influência de atividades de Inteligência na gestão da Inovação • Capacidades de Inteligência para desenvolvimento sustentável do negócio • O papel da Informação Antecipativa na definição de Estratégias Inovativas • Geração de insights: Big Data or Small Data? Smart Data!
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Profª Drª Fernanda Reichert
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Fernanda é professora do Programa de Pós-graduação em Administração na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGA/UFRGS). É doutora em Administração pelo PPGA/UFRGS, com doutorado sanduíche na University of Tasmania (Austrália), e membro do grupo de pesquisa Núcleo de Estudos em Inovação – NITEC. As principais áreas de interesse de pesquisa são: Estudos em inovação; capacidades de inovação das firmas; inovação em setores industriais; mulheres e inovação; inteligência estratégica e inovação.