O NITEC se caracteriza por ser um centro interdisciplinar em constante interação com a sociedade e o mundo. Nos últimos anos, o grupo de pesquisa tem se voltado bastante para o exterior, desde o intercâmbio de alunos em universidades estrangeiras, até a realização de congressos acadêmicos internacionais. As expectativas do grupo para os próximos anos são de interação cada vez maior com pesquisadores de universidades de fora do Brasil para elevar o patamar da pesquisa e encontrar resultados com esses estudos que sejam capazes de contribuir ainda mais para a tomada de decisão de inovação nos campos público e privado.
Os esforços do NITEC em interagir com parceiros internacionais acontecem desde sua fundação, mas nos últimos anos têm se intensificado. Um exemplo disso foi a organização de duas conferências internacionais, o IAMOT, em 2013, e o ALTEC, em 2015. Além disso, o grupo recebe com frequência professores de outros países para realizar palestras, assim como envia professores do grupo para visitar universidades de fora. O grupo também procurar estar presente nos principais congressos da área de inovação e tecnologia, como o R&D Management Conference, realizado em junho deste ano. Dessa forma, o NITEC mantém-se atualizado sobre o que é debatido a respeito dos principais tópicos no mundo e insere o grupo numa rede internacional de discussão.
Segundo Nathália Pufal, uma das pesquisadoras do NITEC, com a internacionalização do grupo “ficamos atentos com o que acontece mundo afora, passando a trocar ideias sobre temas que são relevantes no Brasil e no mundo para o avanço tecnológico, econômico e social do país no contexto mundial. Assim, colocamos os alunos e professores num patamar internacional de discussão para avançar a ciência”.
Importância do intercâmbio de alunos de doutorado
Outra prática importante para a internacionalização das atividades do NITEC é o envio de alunos de doutorado para a realização de intercâmbios em universidades estrangeiras, o chamado “sanduíche”. É durante esse período, em geral de seis meses, que o aluno é exposto a novas técnicas de pesquisa, aprofunda seu conhecimento sobre o seu tema de estudo e discute com pares internacionais os resultados encontrados e de que forma eles podem ser aplicados.
Nathália Pufal fará o seu período de doutorado-sanduíche na The George Washington University, em Washington, D.C (EUA), a partir de setembro. Ela comenta que “realizar o sanduíche é fundamental para o aluno de doutorado, porque essa experiência nos abre a mente em relação à pesquisa. Indo para fora conseguimos ver formas diferentes de fazer pesquisa”. Ela comenta que são inúmeros os benefícios do sanduíche, como uma nova visão sobre a pesquisa, a inclusão de assuntos que estão sendo debatidos fora do Brasil e a possibilidade de ampliar a gama de publicações em periódicos de renome internacional. “No meu caso, o sanduíche irá contribuir muito para a análise dos dados, pois lá irei aprender novos métodos de análise, diferentes dos que tenho usado até hoje. E, na volta, espero dividir esse conhecimento com os pesquisadores do NITEC”, completa.
A pesquisadora Denise Barbieux realiza seu pós-doutorado no NITEC e explica que durante a sua experiência de sanduíche na Aston University, em Birmingham (Reino Unido), teve a oportunidade “aprofundar ideias teóricas e ao mesmo tempo fazer uma renovação dessas ideias a partir de um contexto internacional”. Ela ainda conta que o doutorado-sanduíche “nos propicia fazer contatos com outros pesquisadores e doutorandos, trazendo toda essa experiência, não só de aprofundamento teórico e de método para a tese do doutorando, como também para dentro de nossa universidade de origem ao retornarmos ao Brasil”.
Próximos passos para a internacionalização
Todas essas conexões com pesquisadores internacionais e as parcerias em projetos de pesquisa contribuem para o aumento da qualidade do conhecimento gerado no NITEC, que se traduz em artigos científicos publicados em importantes periódicos acadêmicos. Ainda, a vinda de professores convidados para a realização de seminários já está planejada e o envio de mais alunos para o doutorado-sanduíche também tem data agendada.
Além disso, agora a ideia do grupo é a de trazer o debate de ponta sobre gestão da inovação e tecnologia também para espaços fora da academia. É por isso que o grupo organiza o Leadership for Innovation (L4I), um curso de extensão com viés profissional e acadêmico, que visa capacitar líderes para a inovação. O objetivo do curso é trazer professores internacionais para darem aulas em conjunto com professores brasileiros sobre os temas de inovação, estratégia, liderança e gestão. A previsão de lançamento do curso é para 2020.