Entre 1947 e 1991, o mundo foi marcado por uma disputa de forças entre dois grandes países, Estados Unidos e União Soviética (URSS). O período ficou conhecido como Guerra Fria e, no contexto social e político da época, as duas superpotências tentavam mostrar a sua supremacia com o incremento e uso de novas tecnologias. É devido a esse avanço tecnológico originado pela Corrida Espacial que hoje temos acesso a GPS – Sistema de Posicionamento Global-, máquinas MRI e TAC utilizadas em hospitais, desenvolvimento da fotografia digital, microondas etc.
Da perspectiva de programas espaciais, a Agência Espacial Brasileira (AEB), só foi estruturada em 1994. Atualmente ela é vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC). Desde a sua criação, a AEB trabalha para empreender os esforços do governo brasileiro na promoção da autonomia do setor espacial. Entretanto, a Agência Espacial Brasileira não tem tido o sucesso que poderia ter por causa da falta de investimento no setor nos últimos anos. A opinião é do ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. “O Brasil gasta menos do que deveria com pesquisas de foguetes e naves”. A intenção do novo ministro é criar um ambiente de negócios propícios para as empresas do país que trabalham com tecnologia.
O assunto sobre o programa espacial brasileiro veio à tona com a visita do atual presidente, Jair Bolsonaro, aos Estados Unidos. Mas qual a real importância do programa espacial para o Brasil? O avanço científico do país depende da construção de capacidades. Um programa espacial possibilita especialmente a criação de recursos necessários para o seu desenvolvimento e de capacidade tecnológica. É preciso desenvolver tecnologia própria, desenvolvida, assimilada e aplicada por brasileiros. A AEB é uma das opções para isso.
O investimento no programa espacial brasileiro gera inovação, criação de novos projetos e mercados, além de pesquisa que criam e formam novas tecnologias e recursos. Tudo isso modifica drasticamente a vida moderna e de inúmeras pessoas. Segundo a AEB, “hoje é praticamente impossível falar em comunicação a longas distâncias sem de certa forma citar um componente ligado ao espaço. Um exemplo notório é a transmissão de imagens via satélite”. O lançamento de satélites agregam no funcionamento de GPS, sinal de televisão, internet e até mesmo a utilização de sistemas de rede de wi-fi e internet.
O próprio IBGE, usa os dados do programa espacial para atualizar seus mapas em projetos de sistematização do solo. Essas tecnologias criadas, também assistem aos cientistas na medida em que possibilitam o entendimento das mudanças em vegetações, desertos e calotas polares, auxiliando na manutenção e preservação do meio ambiente. Além de tudo, um programa espacial promove avanços na área de medicina, energia, agricultura e outras indústrias.
O investimento em pesquisa, tecnologia e inovação é fator crucial para a formação de novos parâmetros, possibilitando a modificação dos papéis e formas de produção, além do progresso científico em prol das necessidades da população. O NITEC acredita, que investir em ciência e tecnologia é fundamental para o desenvolvimento das capacidades tecnológicas do país e contribui, fundamentalmente, para o seu crescimento e desenvolvimento.